Em novo álbum, Kowala e a Resposta Inflamatória do Organismo volta na produção de experimentações sonoras com sons gravados pelas ruas da cidade de Porto Alegre. O seu último projeto chamado [Cidade] foi uma construção de camadas de ruídos, canções e sensações ao caminhar e andar de ônibus pelas ruas. A ideia desse projeto foi, uma experiencia com os sons que se escuta ao sair da zona rural e ir em direção ao centro de uma grande cidade. Há uma mistura de conceitos entre o ultrapassado e o atual. "Atualmente, há um reciclagem de sons sendo realizado em alguns projetos de amigos, há uma necessidade de buscar aquela coisa que foi se perdendo com o tempo mas que tem se tornando muito atual, como por exemplo, o fascismo crescente no Brasil e pelo mundo".
Em Melancolia pelos Mortos, houve um processo de desmaterialização da ideia da tristeza que carregamos pelos nossos mortos e que demora um longo período para haver a adaptação da perda de alguém próximo. A ideia foi, usar instrumentos clássicos, o piano, e transformar os sons em algo lento, de trás para frente. Um processo de tortura nos sentimentos que apesar de tentar evitar, ainda temos um pouco. Esse álbum é uma forma de analisar esse luto, haverá a morte e estamos cada vez mais próximos dela. O que sobrará de nós na memória das pessoas?
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